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1º Festival Nacional de Contadores de Histórias no Ciberespaço liga Brasil de norte a sul

Se existe um ofício inspirador e potente, este é o do contador de histórias. Afinal, é ele quem dá vida às palavras, às memórias e aos personagens dos contos, poemas, crônicas, parlendas e outros elementos da tradição oral.

 

Para marcar o Dia Nacional do Contador de Histórias, celebrado em 20 de março, 19 profissionais de diferentes regiões do Brasil estarão reunidos no 1º Festival Nacional de Contadores de Histórias no Ciberespaço.

 

Contemplado pelo ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo), com recursos da Lei Aldir Blanc, o 1º Festival Nacional de Contadores de Histórias no Ciberespaço terá apresentações transmitidas pelas redes sociais, além de oficinas com conteúdos que desvendam as técnicas e os encantamentos do tema.

 

A ideia do Festival partiu do contador de histórias de São Paulo, Ademir Apparicio Júnior, que acumula extenso currículo na área. Sobre a maratona cultural, destaca: “Será uma oportunidade de reunir virtualmente grandes nomes da contação de histórias de diferentes partes do Brasil e mostrar a riqueza e a pluralidade desse extenso território”.

 

Identidades partilhadas

 

Imagine mergulhar num Brasil carregado de sotaques, mistérios, sabores e aromas. Durante os sete dias de agenda, o internauta poderá conferir uma programação intensa que revisita as identidades regionais de maneira lúdica e poética.

 

Após o show de abertura “Palavra Tagarela”, sobre tradição oral e elementos do folclore com os artistas Poliana Savegnago, Allan George da Silva, Márcio Bah e Devanir Mille, o público poderá acompanhar 10 apresentações, que reunirão os contadores de histórias Aline Alencar e Auritha Tabajaras (região Nordeste), Joca Monteiro e Joana Chagas (região Norte), Ciro Ferreira e Rosilda Figueiredo (região Centro-oeste), Camila Genaro e Cia “Ih, Contei!” com Elton de Souza Pinheiro, Leandro Pedro da Silva e a fantoche Tifanny MeiaLoka (região Sudeste), Liz Ângela de Almeida e Lucélia Clarindo (região Sul), além de 10 oficinas.

 

Para encerrar essa agenda caprichada, os artistas Ademir Apparicio Júnior, Fabiana Massi, Andrés Felipe Giraldo e Cimara Gomes Ferreira Fróis apresentam “A História de Maria Dançarina ou A menina que desafiou o demo”.

 

Importante destacar que todos os espetáculos contarão com recursos de acessibilidade, como tradução em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e audiodescrição.

 

“Nosso desejo é o de fomentar e difundir a arte da narração de histórias, criar um espaço de partilha e pesquisa entre artistas e público, compartilhar saberes a partir de oficinas gratuitas e manter viva a fogueira da nossa própria história a partir da contação, valorizando a nossa identidade regional, cultural e ancestral”, destaca.

 

Patrimônio imaterial

 

A arte de contar histórias é um “patrimônio cultural imaterial”, acentua Ademir. “Por meio das histórias relembramos nossas lendas, nossos antepassados, construímos futuro e presente. As histórias podem ser ferramentas para aprendizagens de diferentes áreas, como a geografia, a matemática, a ciência, a filosofia, e até mesmo para difusão da literatura. Os contos são capazes de nos transportar para outros espaços”, resume.

 

O idealizador aponta, ainda, a importância “singular” para a fruição e troca entre os contadores, o público e as histórias:

 

“É uma oportunidade de fazer com que a promoção à leitura aconteça de maneira lúdica e potente, podendo assim aproximar o ouvinte e leitor ao fantástico universo das interpretações produzidas pelas linguagens da palavra, do corpo, da voz e de tantos outros elementos, que serão combustíveis para o faz de conta acontecer na sua plenitude”.

 

O Festival, com todo o encanto dessa arte, não poderia ocorrer em outra data. O seu encerramento em 20 de março marca a comemoração do Dia do Contador de Histórias, criado em 1991, na Suécia, com o principal objetivo reunir os contadores e promover a prática em todo mundo.

 

Programação

 

14/03 – 14h30: Show de Abertura: Palavra Tagarela

 

Com Poliana Savegnago, Allan George da Silva, Márcio Bah, Devanir Mille

 

15/03 – 10h: Histórias Aya

 

Contadora: Liz Ângela Gonçalves Almeida

 

15/03 – 14h: História da Mala e da Cachola e o Conto: o couro do pandeiro

 

Contadores: Lucélia Clarindo e João Carvalho

 

16/03 – 10h: Cardápio de Lendas Caiçaras

 

Contadora: Camila Genaro

 

16/03 – 14h: Histórias para brincar

 

Contadores: Ih, Contei! (Elton de Souza Pinheiro, Leandro Pedro da Silva e a fantoche Tifanny MeiaLoka)

 

17/03 – 10h: O Afeto das Histórias

 

Contador: Ciro Ferreira

 

17/03 – 14h: A fruta desconhecida

 

Contadora: Rosilda Figueiredo

 

18/03 – 10h: Ê boi! A lenda do bumba meu boi.

 

Contadora: Cia. Forrobodó de Teatro (Aline Alencar)

 

18/03 – 14h: A onça pintada que nasceu no pescoço da kunhataim.

 

Contadora: Auritha Tabajara

 

19/03- 10h: Atividade: A mulher que fazia chover

 

Contadora: Joana Chagas

 

19/03 – 14h: Histórias da Encantaria Amazônica

 

Contador: Joca Monteiro

 

20/03 – 14h Encerramento: “A história de Maria Dançarina ou A menina que desafiou o demo”

 

Com: Tem História na linh@! (Ademir Apparicio Júnior, Fabiana Massi, Andrés Felipe Giraldo e Cimara Gomes Ferreira Fróis)

 

PROGRAMAÇÃO DE OFICINAS

 

15/03 – 15h: Oficina de Contos Afro

 

Ministrante: Liz Ângela de Almeida – Duração: 2h

 

Público Alvo: Oficina para adultos – maiores de 18 anos – Acadêmicos de pedagogia, Acadêmicos de letras, Magistério, formação de docentes.

 

15/03 -19h: A leitura em verso e Prosa

 

Ministrante: Lucélia Clarindo – Duração: 2h

 

Público alvo: Pessoas interessadas na arte de contar as próprias histórias, em verso e prosas, a partir dos 18 anos.

 

16/03 – 15h: Fios da Narrativa – os recursos internos para contar histórias em diversos espaços

 

Ministrante: Camila Genaro – Duração: 3h

 

Público Alvo: Professores, Psicólogos, cuidadores, educadores, Pais, Mães, Avós, Avôs e outros Responsáveis por Crianças que queiram ter um vínculo afetivo e duradouro através das histórias, com idade superior a 18 anos.

 

16/03 – 19h: Arte de Criar Brinquedos e Contar Histórias

 

Ministrante: Ih, Contei! – Duração: 2h

 

Público: livre

 

17/03 – 15h: Histórias na Sala de Aula

 

Ministrante: Ciro Ferreira – Duração: 2h

 

Público Alvo: Professores, bibliotecários, brincantes, artistas, fazedores de danuras e pessoas interessadas na arte da oralidade

 

17/03 – 19h: O brincante que mora em mim

 

Ministrante: Rosilda Figueiredo

 

Público Alvo: Contadores de Histórias, atores, professores, brincantes e interessados na arte da oralidade.

 

18/03 – 15h: A arte de contar histórias

 

Ministrante: Aline Alencar – Duração: 2h

 

Público Alvo: Contadores de Histórias, atores, estudantes de teatro, professores e interessados na arte de contar histórias.

 

18/03 – 19h: O Grafismo Indígena

 

Ministrante: Auritha Tabajaras – Duração: 2h

 

Público Alvo: Contadores de Histórias, atores, estudantes de teatro, professores e interessados na arte de contar histórias.

 

19/03 – 15h: Nós, As Matintas

 

Ministrante: Joana Chagas – Duração: 2h30

 

Público Alvo: Mulheres a partir de 16 anos (estudantes, mães, avós, professoras, contadoras de histórias e mediadoras de histórias).

 

19/03 -19h: A Interpretação para a Arte de Contar histórias

 

Ministrante: Joca Monteiro – Duração: 3h

 

Público principal: Contadores de histórias, professores e agentes de leitura (a partir de 12 anos)

 

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Fonte: Portal Cultura Amazônica

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