Esportes

Candidatos a presidente opinam se existem vantagens de ser sócio do Santos FC

Por Glauco Braga.

 

O Blog Santos Em Off publicou nesta sexta-feira, dia 8 de dezembro, a continuação das entrevistas com os quatro candidatos a presidente do Santos Futebol Clube. A cada dia serão publicadas três perguntas e as respostas de cada um. A ordem de publicação será o das chapas: 1 a 4. Os temas abordados são: futebol profissional; categorias de base; marketing, administração e finanças, patrimônio, estádio e jogos; relacionamento e marca; sócios.

1- “Movimento Somos Todos Santos”, que traz José Carlos Peres, presidente e Orlando Rollo, vice.

2- “O Santos Que Queremos”, que tem Nabil Khaznadar, presidente e Fábio Pierry, vice.

3- “Santástica União”, com Andres Rueda, presidente, e José Renato Quaresma, vice.

4-“Santos Gigante”, com Modesto Roma Júnior candidato a presidente e César Conforti, vice.

 

José Carlos Peres- Chapa 1

As vendas de camisas representam uma parte significante do lucro dos gigantes mundiais. Como fazer isso no Santos?

Primeiro fazendo o que fazem os “gigantes mundiais “, ou seja, não embarcando em aventuras de fabricação própria e estando associado a grandes marcas. Depois é preciso melhorar as parcerias no que se refere à distribuição e à comercialização. O torcedor em todo Brasil deve ter o prazer de ver nosso manto exibido nas vitrinas das principais lojas de esportes, isso não ocorre hoje. As vendas por Internet são importantes, mas não bastam.

Hoje, vale a pena ser sócio do Santos?

A relação do verdadeiro associado é de amor ao clube. Isso está em primeiro lugar e, neste sentido, tudo vale a pena. O direito ao voto é outro ponto importante e a implantação do voto a distância o levará a mais pessoas. Mas vantagem econômica praticamente inexiste. Inclusive porque o clube fiscaliza muito mal a venda de meia-entrada.

Tem algum projeto para melhorar o Sócio-Rei?

Claro. Além do que já citamos nas respostas anteriores é preciso rever as faixas de desconto. Há diferentes perfis de sócio. O que vai a todos os jogos, o que vai esporadicamente e o que não vai. Qual o sentido de dar o mesmo benefício a todos? Os modelos de mais sucesso em outros clubes atrelar diferentes preços a diferentes benefícios. É o que faremos. Além disso, a primeira providência é o imediato recadastramento dos sócios e avaliação que nos auxilie a compreender o perfil dos nossos associados.

 

Nabil Khaznadar- Chapa 2

As vendas de camisas representam uma parte significante do lucro de gigantes mundiais. Como fazer isso no Santos?

A atual diretoria mostrou como não fazer isso com esse projeto de fabricação e distribuição próprias. Esse modelo fez com o que o Santos se tornasse o clube que menos recebeu com venda de camisa entre os times da Série A. Sou empresário do ramo têxtil. Sempre soube que os valores anunciados eram irreais. Nenhuma camisa oficial dá mais de R$ 50 de lucro para um clube. Venderam uma ilusão e colheram prejuízo. Agora assinaram com a Umbro. Esse é outro absurdo, pois uma decisão dessa importância não pode ser tomada às vésperas de uma eleição. Antes de qualquer opinião precisamos analisar o contrato. Mas se os valores veiculados na imprensa forem reais (cerca de R$ 7 milhões/ano) ainda assim continuaremos a ganhar muito menos que os nossos maiores rivais.

Hoje, vale a pena ser sócio do Santos?

Não. De forma alguma. Prova disso é a nossa altíssima inadimplência. O programa quase não tem atrativos e benefícios. Hoje, a única vantagem na prática que o sócio do Santos tem é o desconto no ingresso. E mesmo com
a nossa base muito reduzida ainda jogamos a grande maioria das nossas partidas num estádio que não comporta todos os nossos sócios. Precisamos mudar isso imediatamente.

 

Andres Rueda- Chapa 3

As vendas de camisas representam uma parte significante do lucro dos gigantes mundiais. Como fazer isso no Santos?

De novo: estruturando projetos com seriedade. Tivemos duas gerações recentemente: Diego e Robinho e na sequência Neymar. Temos a obrigação de entender que o torcedor do Santos, que é um apaixonado, só vai colocar dinheiro em uma situação que em que tenha certeza que será bem aplicado. Temos que ter ídolos jogando. Quando nosso maior ídolo atual é o goleiro, representa um sinal que alguma coisa não está correta.

Hoje, vale a pena ser sócio do Santos?

A gente tem que fazer valer a pena. Com seriedade, bons projetos e respeitando o sócio. Assim, rapidamente a mudança irá acontecer. Vendo esse resultado, o torcedor vai pra arquibancada, será sócio e estará engajado num único propósito que é a paixão pelo clube sentindo-se como dono do clube.

Tem algum projeto para melhorar o Sócio-Rei?

O projeto é simples. Colocar o sócio em primeiro lugar e dar a ele as garantias de ser tratado com respeito. Mostrando que o dinheiro está indo para o lugar certo com responsabilidade. Implementar de fato o que é prometido em várias gestões e nunca é realizado.

 

Modesto Roma – Chapa 4

As vendas de camisas representam uma parte significativa do lucro dos gigantes mundiais. Como fazer isso no Santos?

Nós já conseguimos aumentar nossa receita com a venda de camisas nestes primeiros três anos e nossa expectativa é melhor ainda para as próximas duas temporadas. Afinal, nós assinamos com a Umbro o melhor contrato da história do Santos para fornecimento de material esportivo. Vamos receber, a partir do ano que vem, valores dignos da grandeza do clube. Já demos um salto de rentabilidade quando acertamos com a Kappa a cogestão de nossos uniformes, o que tornou a distribuição muito melhor em comparação ao contrato assinado pela gestão passada, com um varejista. Agora, com a Umbro, avançamos mais ainda porque serão 5 mil pontos de venda, dez vezes mais do que antes. Vamos lucrar muito mais.

Hoje, vale a pena ser sócio do Santos?

Com certeza, vale. Talvez não valesse antes, quando a operadora do programa Sócio-Rei tinha pouco ou quase nada a perder mesmo oferecendo um serviço de baixa qualidade. Agora, é diferente. Com a nossa nova parceria, o clube gerencia cadastro e receitas e o associado ganhou mais facilidades. Ele pode, por exemplo, comprar seus ingressos de forma ininterrupta até a hora do jogo, pode pagar nos cartões de débito e crédito, pode acessar o estádio usando apenas seu celular, pelo QR Code, além de contar um programa de experiências que vão desde encontro com atletas até shows e viagens. Tudo isso, sem contar que, com a troca de empresa, nós conseguimos economizar 40% nas despesas.

Tem algum projeto para melhorar o Sócio-Rei?

Na verdade, esse projeto já está em andamento. Nós queremos manter a ampliação gradativa do nosso quadro associativo. Já temos mais de 30 empresas parceiras oferecendo benefícios aos sócios, mas vamos buscar cada vez mais, sempre com olhar atento aos interesses do associado. Mais de 3 mil sócios já foram contemplados em nosso programa de experiências. Hoje o sócio pode pagar com cartão de débito e crédito que não podia com a operadora anterior. Vamos também aumentar o número de embaixadas oficiais do clube no Brasil e no mundo promovendo ações aos sócios regionalmente. Também vamos desenvolver um canal de comunicação via mobile e outras vantagens.

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