Dando Nome aos Bois Seções

“Dando nome aos bois!”

1 – “ASSALTO À DILIGÊNCIA”… NAS ESTRADAS!

 São cada vez mais frequentes e violentos os assaltos a carros, ônibus e caminhões nas estradas que ligam a Baixada a São Paulo. E não se trata apenas dos congestionamentos, onde os carros ficam praticamente parados nos semáforos do fim da Imigrantes em São Vicente (e quase em frente ao pomposo Centro de Convenções da Mata Atlântica” Se algum defeito ocorre no veículo, e o infeliz motorista tem que parar no acostamento, em qualquer ponto até os bairros Cota, em Cubatão, o assalto é quase certo. Só que o pedágio é o mais caro do Brasil. Apesar disto, a segurança é péssima. Estamos falando do Sistema Anchieta-Imigrantes.

“Dando nome ao boi”: ESTAMOS FALANDO DA EMPRESA ECO-VIAS!

2 – TRÂNSITO TRAVADO!

A Baixada – já faz um tempo… – é região metropolitana, certo? E a cidade mais desenvolvida, onde se concentra boa parte da atividade econômica, comércio, universidades, porto, escritórios, indústrias… é Santos, certo? E boa parte da população da região hoje reside, ou na Área Continental de São Vicente, ou nas cidades próximas como Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, que além de lugares turísticos viraram, mais que nada, cidades-dormitório…E cujas pessoas deslocam-se diariamente a Santos via… São Vicente!  E São Vicente é o melhor exemplo de burrice no planejamento de Trânsito, de descaso, de abandono, falta de gestão e de guardas de trânsito, onde as ‘rápidas’ linhas amarela e vermelha costumam ser mais lentas que a “via Biquinha”! Exemplo de caos e irresponsabilidade, tanto de certos carros, como de parte da Prefeitura. E não adianta falar de Márcio França ou Billi, sai um, entra outro, tudo igual. E tem um organismo metropolitano que deveria cuidar disto: o CONDESB, a  AGEM… e que não ‘age’ nada. Nesta última, o presidente pediu licença para outra vez ser coordenador de campanhas, desta vez do governador e presidente tucanos. Parece que nesta coordenação ele costuma dar-se melhor do que na do bem comum…

“Dando nome ao Boi: PREFEITOS DO CONDESB E DIRETORES DA AGEM!

3 – PLANO DE SAÚDE PIOR QUE SAÚDE PÚBLICA!

Faz algum tempo um amigo nosso foi mordido por um gato. Dirigiu-se então ao P.S. de seu Plano de Saúde (Beneficiência Portuguesa) e o médico receitou 3 injeções. Ocorre que nenhuma das três injeções havia no hospital do Plano de Saúde – privado e pago, aliás, cada vez mais pago. Até uma reles benzetacil… que nosso pasmo paciente-amigo teve que tomar, duas no P.S. público de Santos, e outra, no PS público de Praia Grande! Já faz algum tempo que milhares de cidadãos pagadores do Plano de Saúde quase-falido da Beneficiência vão se deparando com cada vez mais descasos e abandono de responsabilidades do referido Plano. Mas, suprema contradição, o mesmo incompetente Presidente que mantém o Hospital numa situação cada vez mais na ruína, é competente o suficiente em reeleger-se vereador em Santos.

“Dando nome ao boi”:   ADEMIR – Que não é de queimar a  PESTANA  administrando a “DEFICIÊNCIA PORTUGUESA”, ou BENÊ SEM-SAÚDE!

4 – TEM ALGO CHEIRANDO MAL

Moradores de alguns bairros de Praia Grande (mais precisamente, da Guilhermina à Ocian) e da Área Continental de São Vicente vêm sentindo o cheiro fétido que emana nas noites e madrugadas. Ocorre que muitas indústrias, e até empresas de menor porte, para burlar a vigilância sanitária da CETESB quanto aos poluentes químicos que saem das chaminés, têm trabalhado à noite, que é quando os fiscais não aparecem. Porém, como qualquer estudante sabe, de noite a brisa sopra do continente para o mar – e indústrias de São Vicente e Cubatão vêm sorrateiramente despejando elementos nocivos neste horário. Certas noites chega-se a arder os olhos. Entende-se porque os níveis de câncer na Baixada sejam os piores do Brasil. O que não se entende é porque não se faz blitz ou fiscalização neste horário crucial.

“Dando nome aos bois”: CETESB E PREFEITURAS DE SÃO VICENTE E CUBATÃO!

5 – DIREITO À LUZ E AO SOL

Cada vez aumenta mais o número de moradias sombrias. Casas térreas, sobrados e prédios tradicionais vão ficando cada vez mais sombreados, escuros e sufocados, envoltos pelas gigantescas torres e edifícios altíssimos que vão roubando a luz do sol, a claridade e a circulação do ar nas residências. E o direito “sagrado” à propriedade privada saudável e com valor de mercado. Nestes casos o direito parece estar a favor apenas da propriedade privada das poderosas construtoras, que bancam candidatos, políticos, vereadores, prefeitos, deputados, secretários de Obras. E dá-lhe manipulação de audiências públicas para revisão de Planos Diretores de cada cidade, novos Zoneamentos Costeiros  aprovados com votos de setores públicos ( Prefeituras e Estado), aliados aos votos dos setores privados, no tilintar das moedas. Jogos de cartas marcadas. Isto é mais que somente “especulação imobiliária”. É destruição massiva de história e arquiteturas urbanas, de meio ambiente e paisagem. É a imposição e retroprojeção de VIDAS MAL VIVIDAS – dos cidadãos, obviamente disto falamos.

“Dando nome aos bois”: PREFEITURAS DE BERTIOGA, SANTOS, SÃO VICENTE, GUARUJÁ, PRAIA GRANDE E MONGAGUÁ. Itanhaém e Peruíbe vêm resistindo, ainda.

 6 – CIDADES DO TÉDIO

Espontâneos grupos de teatro, música, artes plásticas, coletivos de poetas e artesãos, cada vez mais não têm espaço onde expressar-se À SUA MANEIRA, desvinculados do Poder político e econômico. As portas se fecham quando os “donos” de espaços públicos (leia-se prefeituras e governos) não podem tirar seu ‘proveito’. As salas de prefeituras e similares têm preços altos, proibitivos, não ficando nada a deverem ao setor privado.  Verbas são escassas ou inexistentes quando não se está atrelado a jogos de poder, ONGs ‘fakes’ ou políticos medíocres. Jovens e adultos, nas regiões e bairros um pouco mais periféricos da Baixada, cada vez mais entediados, tendo  na TV, internet ou cervejinha no bar, seu único meio de lazer. Basta transpor os limites do José Menino ou da Av. Nossa Senhora de Fátima para vermos legiões de excluídos de diversão com saber e cultura. O recente protesto na Praça Mauá e corredores da Prefeitura de jovens do Movimento de Teatro Amador, se perguntando por que ralo ‘escorreu’ uma verba empenhada, é um eco disto.

“Nome aos bois”: ÓRGÃOS PÚBLICOS DA ÁREA CULTURAL, EM TODOS OS NÍVEIS DE GOVERNO

Integrantes do teatro da Vila e do movimento teatral santista fazem protesto frente à Prefeitura de Santos. (Foto de Roberto Strauss) 

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