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Golpe de Estado na Bolívia deve servir como mais um alerta para nós Brasileiros

Por Dojival Vieira.

O golpe de Estado na Bolívia, a partir do comando das Forças Armadas, que destituíram o presidente Evo Morales, legitimamente eleito pelo povo boliviano, deveria ao menos mostrar ao campo democrático, popular e de esquerda no Brasil, que os desafios pela frente são muito maiores que a pura libertação do principal preso político – o ex-presidente Lula.

Sim, porque também considero presos políticos do Estado brasileiro, 40% da população carcerária – a terceira maior do mundo – que se encontra mofando nas “masmorras medievais”, que são os presídios brasileiros, encarcerada sem julgamento, conforme admite o próprio presidente do STF, Dias Tóffoli.

As forças reacionárias e retrógradas, de natureza fascista, que governam o Brasil preparam de forma aberta um golpe de Estado. No caso, brasileiro, já estão no governo.

Por isso, é um profundo equívoco das lideranças políticas democráticas – em, especial, de Lula – não preparar o povo para barrar o golpe em marcha, tendo como preocupação central apenas o calendário eleitoral.

Parece que todo o horizonte dessas lideranças só consegue alcançar as eleições. Claro que é importante derrotar o bolsonarismo nas eleições municipais do ano que vem. Mas, o fundamental é barrar o ímpeto golpista que pode, inclusive, arquivar o calendário eleitoral e garantir que a Constituição de 1.988 não seja diariamente golpeada como vem ocorrendo.

Pense nisso, enquanto há tempo.

Texto: Dojival Vieira (jornalista, advogado, coordenador do Afropress e presidente do PDT de Cubatão)

 

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