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Quem matou o mundo?

Por Leandro Consolin

Andando pelo bairro Aviação, em Praia Grande, me deparei com os dizeres escritos no muro da demolição de uma casa que diziam: quem matou o mundo?

Apesar do momento histórico por qual toda a humanidade vem passando, numa verdadeira guerra contra um inimigo invisível, depois de um ano nada aprendemos. Continuamos mesquinhos, individualistas e acreditando naquilo que mais nos agrada.

Antes do vírus, muitos filhos deixaram de falar com seus pais por causa de dinheiro. Muitos familiares se distanciaram por conta de diz que me diz. Muitos filhos deixaram de visitar seus pais por que mudaram as suas prioridades. Com a chegada do coronavírus, o mesmo fora usado como desculpa para manter este “distanciamento social”.

Não aprendemos nada! A covid surgiu para nos ensinar que precisamos dar as mãos e nos unir em prol da coletividade. Vivemos num mundo cada vez mais desesperado e impiedoso. Nos tornamos animais – que os animais me desculpem – cujo único instinto é a sobrevivência. Sobrevivência material, social, do poder. Vaidade das vaidades. Tudo é vaidade.

Quando iremos aprender que, o que importa, é Ser e não ter? O poder, a riqueza, a vaidade, a ganância, nada disso faz sentido quando terminamos nossa missão por aqui e somos convocados a deixar tudo e ir embora.

Afinal, quem matou o mundo?

 

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