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A ruína da máquina pública que devora o servidor e castiga a sociedade

 

Por Redação Baixada de Fato.

 

Como o sistema público estrutural sacrifica funcionários e diminui a capacidade de atendimento

Você sabe como é o dia a dia de uma escola? De uma delegacia? De uma unidade de saúde?

Apenas quem tem familiar ou amigo próximo atuando diariamente sob estes espaços é que compreende a dura realidade do servidor público. Enquanto milhares de pessoas estudam para passar no concurso em busca de estabilidade, outros milhares que lá estão padecem por falta de estrutura e valorização.

Especialistas em saúde do trabalho vêm estudando um novo comportamento chamado de assédio institucional, compreendendo o Estado como uma organização que constitui a completa desvalorização do trabalho do servidor público. Em outro parâmetro, observamos gestores constrangendo e desqualificando o funcionalismo enquanto eliminam as condições estruturais.

Trazendo um pouco mais o assunto para a nossa realidade, imagine que você foi contratado para trabalhar numa empresa e chegando lá você é avisado pelo supervisor que o gerente cortou gastos e não tem material de escritório, o papel higiênico precisa trazer de casa e se quiser banheiro limpo, traga material de limpeza. Sob estas condições você precisa ter um rendimento produtivo, oferecer o melhor atendimento e suportar a pressão dos seus superiores por resultados.

Pois esta é a realidade de muitos servidores que trabalham nos órgãos públicos. Não é a toa que o número de afastamento por problemas psicológicos estão crescendo. Como atender a uma sociedade que demanda cada vez mais agilidade e eficiência?

Perde a sociedade, perde a máquina pública.

O portal Baixada de Fato iniciará uma série de reportagens sobre o dia a dia do serviço público, invadindo a rotina caótica de funcionários e cidadãos que dependem da eficácia do sistema.

O primeiro tema da série é sobre as creches. Você sabe como é a rotina do seu filho e como anda a saúde mental dos funcionários que o assiste? Qual é a realidade por trás de muros pintados e grades azuis?

Não perca.

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