Cidade Santos

Sindicalista propõe que brasileiro faça revolução

Foto do alto-forno da Usiminas deteriorado leva presidente do Sintracomos, ‘Macaé’ Marcos, a ponderar sobre situação do país

 

Por Paulo Passos

“O povo tem que fazer uma revolução. Estão transformando nosso país em mero produtor agrícola e fornecedor de matérias-primas para as nações que nos exploram”.

O desabafo do presidente ‘Macaé’ Marcos Braz de Oliveira foi parar no tabloide do sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos).

“Os estrangeiros acabam com as nossas estatais, retiram nossos direitos, espalham fome, miséria e doenças, tudo com apoio do governo, da elite econômica e da mídia”, diz o sindicalista.

O jornal, distribuído nesta quarta e quinta e sexta-feira (8, 9 e 10), diante da Usiminas de Cubatão, convoca os operários das empreiteiras terceirizadas para uma assembleia nesta sexta (10).

A reunião será na subsede do sindicato, onde os trabalhadores debaterão as reivindicações para a data-base de agosto nas empresas Alfa, Brito, Enesa, Magnesita, Ormec, Powerserv e Semag.

“O nosso futuro, dos nossos filhos e netos está em jogo. Esse futuro pode ser brilhante ou enferrujado e carcomido, como o alto-forno da outrora pujante Cosipa”, prevê Macaé.

 

Mesmo enfraquecidos, os trabalhadores lutam

“Transformaram o alto-forno da antiga estatal em sucata, da mesma forma que fazem com o Brasil, para dependermos de outros países nas necessidades industriais”, condena o sindicalista.

Ele viu a foto do alto-forno na rede social, postada por aposentados da siderúrgica, e faz analogia com a situação do Brasil, “Nosso país está depauperado, nas mãos das traças”.
Sobre a assembleia, o tabloide do sindicato diz que, “mesmo enfraquecidos pela pandemia do coronavírus, pelo desemprego, revogação de direitos trabalhistas e outros ataques, lutamos”.

“Mesmo com a quebradeira das fábricas e das empreiteiras, determinada pelo capital estrangeiro, lutamos. E aqui estamos para mais uma campanha salarial”, destaca o jornal.

“Vamos para a assembleia conscientes da nossa força para manter os direitos adquiridos. E para conseguir um reajuste salarial compatível com as nossas necessidades”.

“Se estamos trabalhando, é porque precisam do nosso trabalho. Caso contrário, estaríamos no olho da rua. E se precisam do nosso trabalho, têm que pagar dignamente por ele”.

 

Compartilhar