Por Rafael Pires.
Ontem foi o dia mais importante da democracia representativa no Brasil, principalmente nos governos locais. E aproximadamente 60% dos praiagrandenses foram votar. Foi possível notar que a política tacanha de sujar a cidade com santinho e tentar fazer boca de urna continuar no caminho do local de votação, e nem todos protocolos contra o covid-19 foram levados a sério ou teve desorganização.
Em PG passou de 19 para 21 vereadores nessas eleições, na qual 45% foi ocupada pelo PSDB e se considerar MBD que também foi partido da situação na cidade temos 50% das vagas ocupadas pelas grandes e velhas elites da cidade. As demais vagas ficaram parte com bancadas conservadoras resultado delay da onda “bolsonarista” e apenas uma vaga de cada partido, bem como algumas outras vagas únicas do “Centrão”. Nenhum partido com viés social e de esquerda entrou nesta eleição em PG, assim como tendência é um enfraquecimento da nossa Câmara, com diminuição de emendas parlamentares com bancadas expressivas na câmara ou senado federal e que não conseguindo uma vaga será resultado de menos recursos para a cidade.
De um lado, metade da câmara sendo de uma única bancada e apoiada pelas velhas elites e da velha política na cidade e outras micro candidaturas ou apenas um partido é possível que o legislativo da cidade saia enfraquecido, sem oposição e menos parcelas da sociedade sendo escutada ou representada, ou teremos ausência de reivindicações com viés social, de distribuição de renda ou pensando na periferia. Esperamos que toda a cidade, todas e todos eleitores sejam contemplados.
* Rafael Pires é Professor, livreiro e anarquista