Na manhã do último sábado (05) ocorreu em frente da Igreja Santo Antônio do Embaré, localizada no Bairro do Embaré, na cidade de Santos, São Paulo. O Ato Justiça por Moïse, jovem congolês brutalmente assassinado ao cobrar a quantia de 200 reais pelos serviços prestados ao quiosque Tropicália na praia de Copacabana, Rio de Janeiro. A manifestação convocada pela Comunidade Congolesa no Brasil, Comunidade Imigrante e pelos Movimentos Negros de São Paulo ocorreu simultaneamente ao ato no Rio de Janeiro, às 10h.
Teve presente centenas de manifestantes além de movimentos sociais como: Educafro, União Nacional dos Estudantes (UNE), sindicatos, partidos políticos, entre outros. Contou também com a presença de políticos da cidade, como a vereadora Débora Camilo (PSOL) e o candidato à prefeitura de Santos nas eleições de 2020 Douglas Martins (PT), ambos também discursaram. Contando também com o discurso de representantes de outros movimentos presentes.
A manifestação foi pacífica encerrando-se ao meio-dia.
Ocorreram manifestações também na cidade de São Paulo e outras 11 capitais do Brasil, além da cidade do Rio de Janeiro. No exterior em cidades como: Nova Iorque, nos Estados Unidos e em Berlim, Alemanha.
O caso:
Moïse Mugenyi Kabagambe, congolês de 24 anos, imigrado ao Brasil aos 11 anos, foi brutalmente assassinado no dia 24 de janeiro, por 39 pauladas, efetuadas com o auxílio de um taco de beisebol, no quiosque Tropicália na praia de Copacabana, Rio de Janeiro, após revindicar o valor de 200 reais aos serviços prestados ao quiosque. Foi decretado a prisão cautelar dos três homens que participaram do assassinato: Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, conhecido como “Dezenove”, Brendon Alexander Luz da Silva, o “Totta”, e Fábio Pirineus da Silva, o “Belo”. A Prefeitura comunicou também no sábado último que a concessão dos quiosques Tropicália e o vizinho Biruta foram convertidas a familia de Moïse, local também abrigará um memorial.