O motivo pelo qual São Vicente mantém o freio de “mão puxado”, obstando o seu próprio desenvolvimento, se dá primeiramente pelo estelionato eleitoral que engana e manipula o eleitor, eleição a eleição.
Colaboram com essa golpe, além dos cabos eleitorais profissionais que vendem uma imagem bonita de seus candidatos gatunos, donos de páginas compradas com cargos comissionados e outras benesses, bem como certos líderes comunitários e pastores que manipulam de seus púlpitos, suas “ovelhas” incautas a votarem nos gatunos que lhes prometeram alguma coisa.
Tem os “investidores”, os caras da mala de dinheiro, que injetam recursos na campanha do “gatuno”, o elegem e depois recuperarão dez, vinte, cinqüenta vezes mais, com cada “canetada” do gatuno que ajudaram a eleger, durante o mandato.
Há ainda, o vicentino que vota no gatuno porque acha que ele é seu amigo, frequenta a mesma igreja, ou é de sua “quebrada” (ou foi), aquela velha e falsa estória de que a “favela venceu”.
Certas figuras públicas sabem os motivos de São Vicente estar do jeito que está, bem como os protagonistas disso, mas se calam, ou porque tem medo, ou porque estão “juntos e misturados” com o “sistema”, afinal, se locupletam com isso.
Assim, segue São Vicente, Célula Mater do Brasil, a mais decadente das nove cidades da região, para nossa tristeza.
Oxalá, o vicentino se livre, de uma vez por todas, da gatunagem eleitoral e tome o velho e ruim remédio, de cura boa: escolher certo.
Por Rui Elizeu
