A arte produzida por mulheres merece ser celebrada mesmo em tempos de isolamento social. Esse é o intuito da segunda edição do Festiva ELA, que acontece neste fim de semana: celebrar a arte produzida por artistas independentes e autônomas. A programação será toda online e 100% gratuita, transmitida ao vivo por meio do canal do Festival ELA no YouTube.
Festival ELA será realizado por mulheres da Baixada Santista (Foto: Andrey Haag
Sem patrocínio e apoio dos setores públicos ou privados, a realização do evento só será possível graças a uma campanha de financiamento coletivo. As apresentações começam no dia 7 e seguem até o dia 9. Ao todo, 54 artistas vão se apresentar, a maioria de regiões periféricas da Baixada Santista, em especial da Zona Noroeste, em Santos, da área continental de São Vicente e de Vicente de Carvalho.
A programação do festival contará com mostra de cinema, teatro, música, dança, roda de conversa e cursos de capacitação. Todas as artistas e organizadoras são mulheres.
O Movimento ELA – Empoderamento, Liberdade e Arte existe há mais de 2 anos e nasceu da ânsia coletiva por espaço e voz. Nesse período, foram realizadas diversas ações de fomento ao protagonismo feminino, festas de ocupação de espaço público, rodas de conversa, oficinas e festivais.
No ano passado, o festival teve sua primeira edição com mais de 35 artistas de regiões e nichos diferentes se apresentando em três dias de programação. “Esse ano estávamos programando um festival ainda maior e que contemplaria muito mais mulheres e suas pluralidades. Mas veio uma pandemia que encheu de incertezas nossas vidas, inverteu nossas prioridades congelou as emendas parlamentares e tem nos mostrado a cada dia que (sobre)viver é mais leve de forma coletiva”, afirma a DJ Nanne Bonny, idealizadora e produtora do festival.
A programação completa com o dia e horário de cada atração está nas redes sociais oficiais do evento, Facebook e Instagram.
Para assistir ao Festival ELA, basta se inscrever no canal do evento no Youtube , ativar o lembrete e aguardar o início da transmissão.
Antoniele é jornalista, professora e doutoranda em Estudos Literários. Na academia, pesquisa e escreve sobre autoria de mulheres negras. Fora dela, caça histórias de protagonismo feminino em Curitiba e onde mais possam estar.