As escavações arqueológicas abrangem uma área de dez hectares, e foram descobertos muitos artefatos no local
Por Jornal do Brasil
Durante os trabalhos arqueológicos no leste da França, iniciados em outubro de 2020, especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Arqueológicas Preventivas (INRAP, na sigla em francês) descobriram vestígios de um assentamento fundado ainda na Idade da Pedra e que permaneceu até os tempos romanos.
Os objetos mais antigos datam do Neolítico. A datação das descobertas foi conduzida com base nas sepulturas daquele período. Estas têm características particulares, já que os falecidos eram enterrados em grupos de dois, deitados de lado na posição fetal.
Os cientistas também encontraram túmulos de períodos posteriores, onde foi mantida a tradição de posicionamento dos falecidos. Já nos cemitérios que pertenciam à elite, na Idade do Ferro, arqueólogos descobriram evidências de um ritual de cremação.
Graças ao extenso complexo funerário, os pesquisadores foram capazes de estabelecer que as pessoas viveram continuamente neste assentamento de 5200 a.C. e o abandonaram apenas no século IV d.C.
O povoamento estava em constante desenvolvimento, eram construídos novos edifícios, criados reservatórios de água, no período romano apareceram construções próprias desta época.
No local das escavações foram descobertos, entre outras coisas, restos de poços d’água, ruínas de casas de adobe, fragmentos de vasos cerâmicos, vários elementos de madeira das construções. Foram achadas também muitas sementes, indicando que os habitantes estavam envolvidos na agricultura. (com agência Sputnik Brasil)