Agenda Baixada Cultural

Estação da Cidadania de Santos tem programação especial em homenagem ao dia das mulheres

“Pela Vida das Mulheres Trabalhadoras”
O 8 de Março foi historicamente construído por mulheres trabalhadoras com o objetivo de organizar as mulheres para enfrentar as dificuldades impostas pelo capitalismo e pelo machismo. Não queremos flores, queremos lutar por nossos direitos!

O Brasil é um dos países que mais mata mulheres pessoas transsexuais. A cada uma hora e meia, uma mulher é assassinada por causa do machismo presente em nossa sociedade. No caso da mulher negra a violência é ainda mais brutal. Houve um aumento de 54.2%, entre 2002-2013, nos assassinatos em consequência do racismo.

Acontecem 50 mil estupros, a cada ano, e a maioria ocorre dentro de casa, praticado por um conhecido da vítima.
Segundo dados do DIEESE (2013), no Brasil somos 50% da força de trabalho. Dessas mulheres, 40% trabalham em situação precária, sendo que a imensa maioria, 70%, é composta por negras.

Nós, mulheres trabalhadoras, seremos as mais atingidas com o desmonte da Previdência Social pois será preciso ter 49 anos de contribuição e 65 anos de idade para conseguirmos a aposentadoria. Estas alterações na idade e no tempo de contribuição desconsidera o trabalho doméstico, que soma cinco horas a mais de trabalho, por semana, que continua sendo responsabilidade das mulheres. As mulheres já recebem 35% a menos que os homens para exercer a mesma função, além disso, dos seis bilhões de empregadas domésticas existentes, 30% não tem registro em carteira.

88% das mulheres têm jornada dupla ou tripla de trabalho. Somos as usuárias e as trabalhadoras dos serviços públicos precarizados, como as escolas, as creches, os postos de saúde, a segurança pública e que tiveram os investimentos já insuficientes, congelados pela PEC que limitou os gastos públicos por 20 anos e seremos ainda, profundamente atingidas, inclusive, pelas mudanças nas leis trabalhistas.

Por isso, neste 8 de março, vamos juntas às ruas para realizar um dia internacional de luta contra o machismo, a violência e a cultura do estupro e por nenhuma a menos. Vamos também dizer que somos contra a reforma da Previdência e que ocuparemos as ruas contra os retrocessos que o País atravessa.

PROGRAMAÇÃO:

16 horas – concentração e atividades culturais, na Estação da Cidadania ( esquina das Avenidas Ana Costa e Francisco Glicério)

* Intervenção Teatral da Cia Imaginário;
* Oficina de Silk;
* Varal de poesias;
* Bate papo;
* Música.

18h30 – Saída da MARCHA rumo à Praça da Independência

Em breve mais informações.

POR NENHUMA A MENOS.

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