Por Professor Maykon Santos
A frase acima foi dita pelo deputado federal aliado do (seu) presidente Osmar Terra (foto) em 26 de março de 2020.
Essa semana foi a décima terceira da epidemia no Brasil e podemos ver com toda certeza o quão errada estava a opinião (nenhuma informação científica permitia a fala do deputado) de Osmar Terra.
Enquanto no país vimos ao longo dos últimos sete dias novo recorde de mortes em 24 horas (1.188 em 21/05) e de novos casos confirmados (20.803 em 22/05), aqui na *Baixada Santista* a epidemia também bateu seus recordes.
Nas redondezas da ilha de Guaiaó o número de casos vem dobrando a cada 11 dias.
Eram 1744 em 02/05. 11 dias depois (13/05) havia 3224 doentes confirmados. Mais 11 dias (24/05) chegamos aos 6.088 infectados.
No Brasil o ritmo de avanço da doença é o mesmo.
Espanha, China, Itália, França e Reino Unido não tinham essa taxa de crescimento após 11 semanas de epidemia.
O que acontece hoje no Brasil só é comprável aos EUA. E por lá já temos cerca de 100 mil mortes.
Mas voltemos aos dados da Baixada Santista.
Ao longo da última semana o recorde de novos casos dia foi batido em 5 das 7 vezes em que o sol se pôs . Antes, o maior número de confirmações foi em 13 de maio com 229 novos contaminados.
Essa semana tivemos acúmulos em 24 horas de 391 em 19/05, 251 em 20/05, 462 em 22/05, 259 em 23/05 e o novo recorde de 463 ontem.
Nas duas últimas semanas tivemos uma média de 10 novas mortes por dia.
Também ontem alcançamos o recorde de internados em UTI na *Região de Santos* com 141. E vimos já faltar leitos em UTI na cidade de Cubatão. Como também a cidade que concentra boa parte da rede hospitalar (Santos) ver o índice de ocupação de leitos em UTI da rede privada chegar em 90% e a média (privado + SUS) chegar em 80%.
Com toda sinceridade questiono, alguém consegue ver que temos algum sucesso em combater a pandemia até aqui?
Alguém dúvida que em breve faltarão leitos hospitalares e mortes começarão a ocorrem em casa?
Se há, eu não sou um deles!
