Por Dojival Vieira dos Santos
UMA HISTÓRIA DE IMPUNIDADE
Há 36 anos, exatamente num 24 para 25 de fevereiro, uma população composta majoritáriamente por negros e nordestinos – todos pobres – ardia em chamas na Vila Socó, em Cubatão.
Cerca de 2 milhões de litros vazaram das tubulações da Petrobrás. As palafitas, onde moravam, foram tomadas pelas chamas, aumentadas pelas águas da maré alta.
Uma faísca, um fósforo riscado por acaso, fez eclodir o incêndio por volta das 23 horas.
O resultado da história o Brasil conhece: homens, mulheres e crianças viraram chamas, depois cinzas.
De acordo com as investigações do Ministério Público, à época, entre 500 e 800 pessoas sucumbiram no incêndio, número reduzido a 93 mortos oficiais, por força da Operação Abafa montada pela ditadura.
Ninguém foi punido.
São 36 anos de silêncio e impunidade.
Pelas vítimas da Vila Socó, nunca nos calaremos!
Pelo direito à memória e a Justiça para as vítimas da tragédia anunciada da Vila Socó.
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