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Miopia: a Mídia regional só enxergou 200, no lugar dos 2 mil manifestantes do Fora Bolsonaro!

Da Redação B.F.:

Mesmo com o tempo ameaçando novamente chover, a manifestação do Fora Bolsonaro!, no sábado 19 de junho, em Santos, superou em quase 4 vezes o primeiro manifesto do Fora Bolsonaro, do 29 de maio, que contou com pelo menos 500 manifestantes.
Como todo o início de manifestação, e mais com tempo ruim, as pessoas vão chegando aos poucos, e a foto ilustrada pela principal mídia regional, a Tribuna, mostrava justamente as duas ou três centenas de pessoas que inicialmente foram se concentrando.

Quando o gigantesco bloco de todas as cores se pôs a marchar pela Avenida Ana Costa, a partir da praça do Forum da Cidadania, foi quando se pôde notar a real dimensão da movimentação. E quase quatro quadras foi o tamanho real, com cerca de 2 mil pessoas, que, tal como num desfile popular, possuía várias alas, como a da bateria dos jovens da UJS (juventude do PCdoB), das estrelas vermelhas do PT, da CUT, da Força Sindical – com seus típicos jalecos laranjas -, de várias categorias sindicais, como da Saúde – linha de frente no combate à Pandemia, dos petroleiros – que também cediam seus gigante caminhão de som estilo trio elétrico -, até mesmo uma pequena coluna do PDT – que há tempos não dava as caras -, do sindicato dos Servidores de Praia Grande e seu movimento interno, o M.U.S., das camisetas pretas dos jovens anarquistas, dos professores, estudantes, bancários, metalúrgicos, dos resilientes PCB e PSTU, e da nascente U.P, a Unidade Popular.
Mas, em se tratando de partido, o que mais chamava a atenção era o grande número de membros do PSOL, com suas típicas bandeiras amarelas com o sol ao meio, e as camisetas que de uns tempos para cá mais têm representado o partido, a cor violeta da luta feminista, e utilizada por várias correntes internas, como Revolução Solidária e Resistência. Aliás duas recentes correntes do PSOL, a Resistência, de uns 3 anos, racha do PSTU e que inicialmente se chamava MAIS, e a novíssima Revolução Solidária, prima do MTST, que tem em Guilherme Boulos e Natália Szermeta seus dois referentes. Chamava a atenção o grande número de ativistas desta corrente, a Revolução Solidária, seguidos pelo Fortalecer.
Um lindo desfile por sinal, com muitas palavras-de-ordem, cânticos, batucadas, bengalas de fumaça em vibrantes cores, e um encerramento apoteótico na Praça Independência, no coração do Gonzaga. Muitos carros passavam buzinando euforicamente e também com ocupantes fazendo coro no Fora Bolsonaro. E não faltaram fantasias, inclusive de um homem exibindo um capacete com chifres de boi e um cavalo de pau com marca de motocicleta, parodiando a recente motociata do presidente genocida.

Aliás, a comparação dos números, seria a mesma se a mídia contasse o número de motocicletas pelas menos de duzentas que haviam no início da motociata convocada pelo genocida-mór. Sendo que posteriormente os postos de pedágio contaram com exatidão 6.661 motocicletas (o número inicial, por coincidência, da Besta do Apocalipse ou Anti-Cristo…). Que, por falar nisto, muito distante das 100 mil que prometia o presidente genocida, ou das fantasiosas 400 mil ou até 4 milhões.
Voltando ao caricato da mídia regional, à diferença da Tribuna, o segundo jornal, Diário do Litoral, nem sequer compareceu (ou tinha verba para manter repórter na rua num evento tão importante), e jornalecos comerciais menores se limitaram a copiar os números da Tribuna, sem maior preocupação com os fatos ou sequer uma rápida consulta nas mídias sociais para checarem as fotos.
Sugestivo também que, embora muitos petistas presentes, a mídia apoiadora do PT, Folha Santista, nem sequer fez reportagem ou menção do ato político mais importante de Santos dos últimos tempos, que pede justamente o impeachment de um presidente eleito mediante fake news e um esquema anterior que propiciou o injusto impeachment da presidenta petista.
Como diz o dito popular, “com amigos – ou aliados – assim, não preciso de inimigos”.

 

Pelo Litoral afora

Embora a manifestação em Santos tenha contado com manifestantes de toda a região (em particular de Praia Grande, São Vicente e Cubatão), pela manhã também houveram manifestações menores em Praia Grande (que contou com uma animada passeata que partiu da periferia e do bairro Samambaia), Itanhaém e Peruíbe, para citar as mais significativas. Depois, pela tarde, todos concentraram na principal, em Santos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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