Da Redação BdF
Passados já dez dias desde a matéria publicada no G1, em cuja manchete o site notificava que a jovem “grita sem parar”, conforme testemunha de familiares e frequentadores do Hospital Irmã Dulce, a trágica novela segue se estendendo.
Lediana Araújo dos Santos, de 22 anos, e com um filho de 2 anos, fazia um ano vinha sofrendo com dores cada vez mais fortes na zona do quadril, e havia sido diagnosticada com osteoporose, embora chamava a atenção a pouca idade da enferma, pois este mal geralmente acomete pessoas de muita idade. Finalmente descobriram que se tratava de um tipo raro de câncer, e que a paciente teria que ser transferida para hospitais de Santos mais preparados, como o Guilherme Álvaro, ou a Santa Casa. Nestes últimos dias a jovem até foi levada de ambulância, mas o hospital, em Santos, devolveu a paciente para Praia Grande alegando que não foram realizados os exames prévios. E ficou neste jogo de empurra-empurra entre os hospitais de ambas as cidades, sendo que parentes denunciam que, misteriosamente, o nome de Lediana acabou sumindo da lista do CROSS, que é a Central de Regulação de Ofertas de Serviços da Saúde. Ela havia sido inserida na lista de emergências no dia 30 de abril, segundo a tia, Carmen Araujo, de 43 anos.
Pessoas que trabalham ou residem próximas ao setor onde se encontra Lediana, dizem ser angustiantes os gritos de dor, e basta ver a foto do extremo inchaço nas pernas da moça, para se ter uma noção pelo que ela está passando. Os familiares, que fazem guarda dia e noite, também temem contrair coronavírus, tanto Lediana, como eles, uma vez que o tratamento não chega sequer a ser paliativo, na forma de morfina, mas que não eliminam a extrema dor.
A unidade hospitalar de Santos alega, segundo familiares, que o Irmã Dulce deveria ter encaminhado a jovem com uma mínima tomografia, mas aparentemente a Direção do Irmã Dulce não autorizou, devido aos custos, certamente.
Segundo informação de última hora colhida pelo Baixada de Fato com profissional da saúde do hospital Irmã Dulce, o que faltaria realmente seria a biópsia, ainda não feita, para que o hospital de referência de santos possa receber a paciente.