Fonte: Sindipetro-LP
Parte de uma iniciativa nacional dos petroleiros em greve, o Sindipetro Litoral Paulista irá vender gás de cozinha por R$ 32,00, nesta quinta-feira (13), em Santos. A venda será restrita a 150 botijões de gás, uma unidade por família, e será realizada na sede da entidade, na Av. Conselheiro Nébias, 248, a partir das 14 horas. Os interessados devem levar botijão de gás vazio para a compra, que deverá ser feita com dinheiro em espécie.
Durante a venda, os petroleiros irão distribuir material informativo explicando os motivos da ação. A reivindicação por preço justo para o gás de cozinha e combustíveis é uma das bandeiras da greve nacional da categoria, que também envolve a luta pela manutenção de direitos e contra a demissão de aproximadamente mil trabalhadores da Fafen Araucária (PR). Com a iniciativa, os trabalhadores esperam ampliar o debate sobre o tema.
Com valor médio de R$ 70 na maioria das cidades do país, chegando a absurdos R$ 120 em algumas cidades, o botijão de gás sofreu uma disparada nos preços desde 2019, quando o governo federal forçou a Petrobras a adotar a política de paridade com os preços internacionais. Em vez de calcular os custos de produção de gás e petróleo no Brasil pelo Real, nossa moeda, agora os custos são calculados em dólar.
Essa mudança, na opinião dos petroleiros, prejudica a população mais pobre, que em casos extremos têm recorrido à lenha para cozinhar. “A Petrobras sempre incomodou a concorrência porque o preço praticado por ela influencia todo o mercado. Se ela oferece preços mais justos a concorrência é forçada a acompanhar. E, claro, elas não gostavam, pois viam a margem de lucro diminuir. Agora, forçada a acompanhar os valores praticados lá fora, a Petrobras deixa de oferecer preços mais justos, como já ocorreu no passado, abrindo caminho para os preços abusivos atuais”, explica Adaedson Costa, coordenador-geral do Sindipetro-LP.
Para reduzir o valor do gás de cozinha e derivados de petróleo, os petroleiros defendem o fim da paridade de preços com a cotação do mercado internacional, a suspensão do que definem como desmonte da companhia (com a venda de ativos, demissões e outras medidas), a diminuição da importação de derivados e a retomada das obras de ampliação das refinarias para atender o mercado interno e gerar emprego.
Lembrando: a ação acontece nesta quinta-feira, a partir das 14 horas, em Santos, e contemplará as 150 primeiras pessoas que chegarem à sede do Sindicato, na Av. Conselheiro Nébias, 248.