Marcelo Ariel

O mel e o leão

Renunciar ao que jamais teve

Como se nunca houvesse existido

SEM TEMER

O julgamento dos mortos esquecidos

Em minha primeira coluna no BAIXADA DE FATO, abro com este enigmático poema, de enigma em enigma avançamos até quebrar o espelho e  chegar na Aldeia para o aprendizado essencial, nossos índios, nossos mortos . É imprescindível que todas as máscaras caiam, sem isso não voltaremos a fazer política, para que exista política precisamos andar nus, saber das coisas e viver sem máscaras, só os indígenas fazem política, o que nós fazemos se chama  Assassinatos em série,   houve um retrocesso em todas as áreas, dizem os zumbis, mas para os que criam, o que existe é a possibilidade de novos agrupamentos e novas ocupações, principalmente de novas estratégias, alguém disse num dos botecos do inferno que o Brasil tem a esquerda dos sonhos da direita, é fato que desde o século passado , não é mais possível ter e cultivar uma visão binária do mundo, então volver !  E=MC4 , mas onde há massa, não há povo, tampouco multitude, ver Antonio Negri, um dos melhores personagens do filme jamais realizado por Pier  Paolo Pasolini, poeta italiano da época de Dante Alighieri, não, não é ironia, é um modo de construir um pensamento pelo deslocamento humorístico dos símbolos do real e depois desse desafio, exigiremos a destruição dos símbolos das empresas oniscientes, nas prisões e nas senzalas, todos são Blacks, todos são Blocks. Enquanto isso  A poluição voltou para Cubatão!  Ó cidade insalubre, enquanto não fecharmos as tuas fábricas de câncer, não haverá nenhuma civilização, nenhuma paz social, tu é que deverias te chamar SERRA DO MAR  (…………..)  o primeiro ato deveria ser a revisão e análise de todos os óbitos  em volta das fábricas de câncer sejam revistos e analisados, que se ouça o clamor dos mortos por justiça porque ele é ensurdecedoramente mais alto do que o dos vivos. Até a próxima coluna.

 

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