Tradução de Jasper Lopes (do BdF) do site da Universidade de Massachusetts Amherst
A diminuição do caudal da água significa que há menos água doce disponível para o consumo humano e a agricultura.
Cientistas dos EUA descobriram que tem baixado o nível de água que flui, pelo menos, pela metade dos maiores rios do mundo, nós trajetos de água abaixo, segundo informa o site Web da Universidade de Massachusetts Amherst.Para o estudo agora publicado na revista Science, os especialistas mapearam o caudal diário de aproximadamente 2,9 milhões de rios que existem no mundo, desde 1984 até 2018. E o resultado que obtiveram foi preocupante: 44% dos grandes rios e 10% dos menores apresentaram uma diminuição no volume de água.
Mapa ilustrativo de mudanças significativas em 6.167 trechos dos maiores rios do planeta.
“Alguns destes rios estão mudando a um ritmo de 5% a 10% anualmente. É uma mudança muito rápida. Não tínhamos ideia destes volumes, nem de como estavam mudando. Agora sabemos.”, afirmou Colin Gleason, um dos autores do artigo.
Essa diminuição gera complicações em vários setores. Significa principalmente que há menos água doce disponível, o que traz repercussões no acesso a este líquido vital para o consumo humano ou seu uso na agricultura. Além disto, menos água correndo equivale a uma redução na potência do rio para mover terras e rochas. Estes movimentos são necessários para mitigar o aumento do nível do mar e formar os deltas.
O rio Qingshui durante a estação seca em Jinping, China, em 30 de setembro de 2024.
Ao mesmo tempo, um 17% dos rios de menor tO rio Qingshui durante a estação seca em Jinping, China, em 30 de setembro de 2024.amanho têm experimentado um aumento na cabeceira, o que há gerado um incremento de 42% das inundações. Isto poderia ter um grande impacto sobre as comunidades que vivem nas suas proximidades.Gleason utilizou como exemplo disto o Estado de Vermont (EUA), que nos últimos verões tem visto seus arroios afetados pela inundação.
Vista aérea da seca na Baía de Cohana, Bolívia, em 14 de setembro de 2024.Gettyimages.ru
Apesar de que o estudo não possa precisar quais são as causas e os efeitos exatos destas alterações, os investigadores sabem que em grande medida se podem responsabilizar as Mudanças Climáticas e a atividade humana.
