Celso Barbieri Correspondentes Internacionais

Conheçam, em 13 declarações, um pouco do legado intelectual de Umberto Eco

Traduzido e adaptado por A. C. Barbieri.

Nos dias sombrios em que vivemos, nunca fez tanta falta a inteligência de Umberto Eco.

Umberto Eco, este grande escritor e filósofo italiano, que nos deixou em fevereiro de 2016 era possuidor de um pensamento e estilo distinto e, sua mente maravilhosa, deixou um grande legado emocional e intelectual para seus seguidores contemporâneos e também para aqueles que, no futuro, ainda irão unirem-se aos seus pensamentos.

É reconfortante poder desfrutar de criações tão maravilhosas como “O Nome da Rosa”, “O Pêndulo de Foucault”, “Número Zero” ou “O Cemitério de Praga”. O primeiro deles, foi publicado em 1980, e imediatamente lhe rendeu muita popularidade. Uma obra-prima que narra, misturando com as lendas e intrigas da Idade Média italiana, um grande mistério histórico.

O Nome da Rosa, de best-seller literário a blockbuster

Foi seu romance de ficção, “O Nome da Rosa”, que conseguiu lançar Umberto Eco ao seu estrelato literário mais absoluto. Na verdade, o impacto de suas vendas foi tão grande que Jean-Jacques Annaud e um grupo de produtores ítalo-franco-alemães propuseram que as aventuras do detetive do franciscano Guilherme de Baskerville, interpretado por Sean Connery, em 1986 fossem levadas para o cinema. Aliás, com o falecimento no final do ano passado (31/10/2020), do querido Sean Connery, estou sentindo a necessidade de assistir outra vez (já perdi a conta) este filme. Confesso que, estou devendo, pois ainda não li este livro, mas sem dúvidas, adorei o filme!

Crítico da vida moderna, das redes sociais, da cultura e do jornalismo, sua paixão por escrever e estimular o pensamento crítico são as razões pelas quais ele é considerado uma das mentes mais brilhantes da Europa no século passado.

As citações de Umberto Eco

Sua história de vida, cheia de sucessos e reconhecimentos, nos deixou grandes pensamentos para refletir e lembrar dele. Assim, acreditamos que uma boa homenagem seria realizar uma revisão de algumas de suas citações mais conhecidas:

• “As redes sociais deram o direito de falar à legiões de idiotas que, sem prejudicar a comunidade, antes falavam apenas no bar depois de uma taça de vinho. No começo, eles eram silenciados rapidamente, mas agora adquiriram o mesmo direito de falar de uma pessoa que ganhou um Prêmio Nobel. Estamos vivendo uma invasão de imbecis.”

• “O mundo está cheio de livros preciosos que ninguém lê.”

• “Os livros não são feitos para quem acredita neles, mas sim para serem investigados. Quando nos interessamos por um livro, não devemos perguntar sobre o que ele diz, mas o que significa.”

• “O que é filosofia? Desculpe pelo meu conservadorismo trivial, mas não consigo encontrar uma resposta melhor para a definição de metafísica de Aristoteles: uma resposta a um ato de admiração.“

• “Quando os homens param de acreditar em Deus, não significa que não acreditam em nada: eles acreditam em tudo.”

• “A sabedoria não destrói ídolos, mas nunca os cria.”

• “O amor é mais sábio do que a sabedoria”.

• “Nada é mais prejudicial à criatividade do que a fúria da inspiração.”

• “O verdadeiro herói é um herói por engano. Ele sonha em ser um covarde honesto como todo mundo”.

• “Os monstros existem porque fazem parte de um plano divino e nas feições horríveis desses mesmos monstros se revela o poder do criador”.

• “Todos os poetas escrevem poesia ruim. Poetas ruins publicam, poetas bons queimam.”

• “Não é a notícia que faz o jornal, é o jornal que faz a notícia e saber reunir quatro anúncios diferentes significa propor um quinto anúncio ao leitor”.

• “Hoje, quando os nomes fraudam e corrompem pessoas ou quando mais se sabe, as pessoas não se importam com nada e apenas os ladrões de frango albaneses é que vão para a prisão”.

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