Colunistas Márcia Simões Lopes

Eleições 2018 – Nós não somos os mesmos!

Por Márcia Simões Lopes.

Esta eleição é diferente das demais. Porque o país está diferente, as pessoas estão mudadas, o povo já é outro.
Essa transformação não aconteceu pela passagem do tempo, somente. Mas principalmente pelo despertar da memória antiga, nas pessoas, pelo despertar sutil e espiritual elevando a vibração da energia do planeta e auxiliando na sustentação das lutas no
país e no mundo.
A situação é nova porque as experiências vividas nos conflitos pessoais e sociais trouxeram maturidade, ao enriquecimento dos valores cultural e moral do indivíduo.
O momento no país é absolutamente inusitado, porque as mulheres – em grande número e escala mundial. Colocaram em xeque, as crenças do patriarcado, alterando o padrão mental da sociedade.

Não são as passeatas, as assembléias, as greves e outras formas de manifestação de descontentamento com o Governo, o motivo da mudança. Igual ocorreu no passado e mais recentemente na luta contra a ditadura militar no final dos anos 70 início dos anos 80, culminando com a reconquista do direito ao Voto tomado pelos militares, no golpe de 1964. Desde vez, ainda que existam quantidades consideráveis de protestos e toda forma de manifestação a grande mudança, é a consciência.
É a consciência do ser humano que mudou!

Vivemos a profunda revisão do olhar humano. Momento de reformulação dos conceitos e entendimentos a respeito do que nos sustenta como padrões e crenças. A própria História do Brasil
surge à tona – como nunca, antes – trazendo a verdade sobre os povos originários, indígenas, primeiros habitantes desta terra; indígenas, escritorxs, professorxs, advogadxs, pajés… compartilhando seus saberes, pelo país. E quantos pensaram que eles existiam somente nos livros de história do MEC! …

Estamos reaprendendo olhar o todo, cada detalhe de nossas vidas e tudo que carregamos – por equívoco – comocrença. Fomos convidados a refazer a história e a nossa história de vida pessoal sendo nós co-criadores deste novo tempo e de nós mesmos.

Por medo, alguns resistem desapegar, ao que carece de verdade. E muitos outros estão despertando – florescendo – para este novo momento do agora.
Não penso em estratégias com a mesma logística como fazia nos meus 20 e poucos anos quando votei pela primeira vez para presidente do país. Porque eu também sou outra pessoa. Penso com o meu coração, com a logística da estratégia, algo mais ou menos parecido com Geraldo Vandré quando disse cinquenta anos atrás “a certeza na frente e a história na mão”.
Estamos diante de um cenário, que não podemos blefar. A extrema direita – gananciosos, loucos, ditadores – no mundo e no Brasil representada pelo candidato do PSL tem o projeto de re-
educar a população do país aos tenebrosos anos da ditadura militar. Parece contar com a conivencia do mesmo Judiciário que em 1964 omitiu-se perante o golpe militar e contar também com o apoio da principal mídia de televisão, a Rede Globo, que em 1964
apoiou o golpe. Ditadura não é um fantasma do passado. Ditadura é o fascismo, que age igual polvo, com seus múltiplos tentáculos entranhando
nas Instituições do Estado.
Fascismo no Poder significa, delegacias, sistema judiciário, juízes, guarda municipal, PM, exército e demais forças civis e militares criadas pelo patriarcado atuando, como bem entenderem. Sem
que a Lei tenha poder para impedir! Como vem ocorrendo, principalmente após 2016. Recentemente, uma advogada, negra, foi presa no exercício do seu trabalho, porque contrariava a paciência da juíza. Casos iguais a esse estão acontecendo com mais frequência.
O que está por detrás dos recentes golpes contra a democracia são projetos neoliberais de grande empresas e do Governo dos Estados Unidos, especialmente. Relacionados à reservas de água, ao agronegócio e reservas de petróleo e de minerais.
Sabe-se que a maior indústria bélica do mundo é a dos EUA. E quer o petróleo brasileiro. Os Estados Unidos não compram o que querem. Eles tomam para eles. Essa é a prática do imperialismo.
Tentou invadir a Venezuela, porém Maduro conseguiu impedir a entrada das forças estadunidenses em seu país. O Brasil é alvo; motivo do golpe de 2016.
Acredito na mobilização permanente da sociedade. Igual ocorre agora e desde de 2013.

Creio, que a mesma consciência contrária à política neoliberal – concentração de capital nas mãos de 1% da população, juros de quase 400% ao ano no cartão, privatização do patrimônio público e natural – estará, igualmente atenta e contrária, a toda forma de capitulação às promessas, feitas em campanha. Caso isso ocorra mais um vez. E vai acontecer.

Podemos aprender a aprender! Aprender, que é a Consciência de cada pessoa – e não o candidato – que garantirá que o poder seja exercido em nome do povo.
Creio, que uma sociedade se constrói, em etapas. Com políticas claras, inclusivas, com diálogo, sem censura e, fundamentalmente, com consciência.
Seguimos, sem certezas; porém com mais aprendizados na bagagem!
Eu opto pelo velho, nestas eleições – tanto desdém ao velho, tenho visto! O velho pensamento da solidariedade. O velho
pensamento da inclusão social!
Até mesmo o velho e falho PT parece mais honesto, em suas incoerências, que o novo vestido em pele de cordeiro.
Viva o velho princípio humano, do amor e da paz entre os cidadãos do país!
Ciro quer parecer Haddad. Mas o PT tem a vantagem de já ter errado e agora poder acertar.
Acredito que as eleições de 2018 são apenas um degrau, em direção ao topo da montanha.
Dar mais valor às experiências passadas e aprender com elas, parece ser uma boa idéia.
Avançamos; vamos aprender mais.

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