Colunas do Rock

Há 46 anos era lançado o maravilhoso “Vol.4”, do Black Sabbath

Por Marcio Abbes.

A capa do “Vol 4”, do Black Sabbath, é a capa mais emblemática do rock pesado, assim como a capa do “Dark Side of the Moon” é a do Rock Progressivo. Pelo menos, na minha humilde opinião. Assim como no disco do Pink Floyd, o que vem dentro do “Vol 4” é algo extremamente competente. O disco começa com a “”Wheels of Confusion/The Straightener”, que entra com uma guitarra cheia de melodia para se transformar num riff matador do mestre Tony Iommi, a voz pessoal metálica de Ozzy e, num dado momento, ritmo avassalador que vai crescendo com riffs pesados. Black Sabbath mostra o porquê de ser considerado a melhor banda pesada do mundo. A finalização com a parada e os teclados vem transbordar toda montanha peso para dizer que uma obra-prima só está no começo. Na sequência, “Tomorrow’s Dream” vem com a voz rasgada de Ozzy e mais riff explosivo de Iommi. O disco cai nas mãos de Deus com a belíssima “Changes”. Um filme passa na minha cabeça com o dia que escutei essa música pela primeira vez. Nada mais lindo e sublime. A voz de Ozzy com o piano e mellotron como espetacular pano de fundo. “Fx” vem anunciar com suas notas a próxima música arrebatadora do disco, “Supernaut”. O chimbal da bateria explode em mais um riff poderoso e a voz gritada e desesperada de Ozzy. O mundo não vai acabar, apenas o Sabbath está com o seu peso ativado. O ataque continua em “Snowblind”, no seu ritmo mais cadenciado e súplicas do Ozzy para a entrada do solo viajante de Iommi. O som soturno continua em “Cornucopia”, num ritmo acelerado para consolidar o disco no peso que faz a banda ser sucesso mundial. Mais uma vez o peso é quebrado com os belíssimos acordes de violão de “Laguna Sunrise”. “St. Vitus Dance” traz uma música cheia de balanço em ritmos pesados, mas seguida da porrada que encerra o disco, “Under the Sun/Every Day Comes and Goes”, lotada de mudanças de ritmos e com a voz de comando numa cadencia sensacional. O cenário fecha com um ritmo com uma bela melodia para encerrar o espetáculo. A capa ficou na história do rock. E o disco também. Acredito que daqui a 100 anos algum garoto ou garota estará contemplando esse disco. É eterno!

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